Artigos Nacionais - Resumo

Contribuição ao estudo da desvascularização da transição esofagogástrica no tratamento das varizes sangrantes do esôfago.
Autores: Rocha, J.R.M.; Machado, M.A.C.; Bove, C.R.; Tokikaka, G.H.; Machado, M.C.C.
Rev. Hosp. Clín. Fac. Med. São Paulo, 53(5):249-53, 1998.

 

 

Os autores apresentam nova variante técnica de desconexão azigoportal para tratamento das hemorragias provocadas por varizes de esôfago na hipertensão portal. A variante técnica apresentada fundamenta-se na técnica descrita por Espíndula (1978) e as principais modificações propostas são:a) objetivando se a possível redução da transudação ao nível das áreas cruentas reperitoniza-se:1) a curvatura gástrica menor desnudada pela VGP (Fig. 1a e 1b); 2) a área do peritônio posterior correspondente ao hilo esplênico e cauda do pâncreas; 3) a área desnudada do esôfago distal, através de fundoplicatura a Lind (1965); b) realiza-se fundoplicatura à Lind (Fig. 2) com a finalidade de se obter eficiente válvula anti-refluxo. Complementa-se a DAP com esclerose endoscópica das varizes, entre três e seis meses após a operação, conforme avaliação do endoscopista. A nosso ver a esclerose endoscópica substitui integralmente o ataque direto à varizes, durante o ato cirúrgico, reduzindo ainda o tempo cirúrgico e a morbidade operatória. Foram operados oito pacientes com história de sangramento importante por varizes de esôfago devido à hipertensão portal por esquistossomose. Pela classificação de Child, dois dos pacientes (25%) eram grau B, sendo os demais grau A. Nenhum dos pacientes teve recidiva hemorrágica, nem esofagite de refluxo, dois pacientes desenvolveram ascite que regrediu com tratamento clínico. Não houve mortalidade. Os pacientes foram seguidos por um período entre seis meses e dois anos. Constam do trabalho 3 Figuras, 2 Tabelas e 16 referências Bibliográficas.