Artigos Nacionais - Resumo

Colecistectomia laparoscópica em paciente portador de anemia falciforme.
Autores: Machado, M.A.C.; Rocha, J.R.M.; Bove, C.; Jukemura, J.; Montagnini, A.L.; Penteado, S.; Machado, M.C.C.
Rev. Hosp. Clín. Fac. Med. São Paulo, 53(1):39-41, 1998.

 

 

A associação entre colelitíase e anemia falciforme é bem conhecida, incidindo em cerca de 30% dos pacientes. A decisão sobre o tratamento a ser realizado, principalmente naqueles assintomáticos, continua assunto polêmico devido à alta morbidade encontrada nos pacientes submetidos à cirurgia. Em estudo anterior, realizado por nosso grupo, foi constatado que 43,8% dos pacientes evoluíram com complicações pós-operatórias, concluindo-se que precauções adicionais eram necessárias para diminuir esse índice. A partir desse estudo estes pacientes passaram a ter um protocolo de estudo prospectivo, conseqüentemente sob um regime de vigilância maior. Estes pacientes foram submetidos à técnica cirúrgica meticulosa com ligadura de todos os vasos do leito vesicular para prevenção de coleções e sangramento. Manutenção rigorosa do equilíbrio ácido-básico e hidroeletrolítico, através da análise de gasimetrias seriadas e parâmetros hemodinâmicos, além de cuidados no sentido de evitar hipotermia e isquemia tecidual. Com estes cuidados, houve redução do índice de complicações para 6,7%. Com a introdução da técnica vídeo-laparoscópica, houve necessidade de avaliarmos o impacto desta técnica na diminuição do trauma cirúrgico e conseqüentemente na evolução pós-operatória destes pacientes. Os autores apresentam o caso de pacientes do sexo masculino, 23 anos, pardo, portador de colelitíase em conseqüência de anemia falciforme do tipo homozigoto classificada como severa do ponto de vista clínico, submetido a colecistectomia laparoscópica. Constam do trabalho 15 referências bibliográficas.