Artigos Nacionais - Resumo
Lesões traumáticas do pâncreas: Análise de 65 casos.
Autores: Machado, M.A.C. ; Volpe, P.; Souza, A.L. Jr; Poggetti, R.S.; Branco, P.D.; Birolini, D.
Rev. Hosp. Clín. Fac. Med. São Paulo 49(6): 238-242, 1994.
Lesões traumáticas do pâncreas: Análise de 65 casos.
Autores: Machado, M.A.C. ; Volpe, P.; Souza, A.L. Jr; Poggetti, R.S.; Branco, P.D.; Birolini, D.
Rev. Hosp. Clín. Fac. Med. São Paulo 49(6): 238-242, 1994.
As lesões traumáticas do pâncreas são graves e relativamente raras. Foram estudados 65 pacientes com lesão em pâncreas atendidos no Pronto Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de 1989 a 1993. Foram analisados o tipo de trauma pancreático, tratamento cirúrgico realizado, evolução pós-operatória, lesões associadas, sexo, idade e mortalidade. A idade dos pacientes variou entre 2 e 77 anos, com média de 28,3 anos, sendo 58 (89,2%) do sexo masculino e sete do sexo feminino. Dos 65 pacientes, vinte (30,8%) tiveram este tipo de lesão decorrente de trauma abdominal fechado, sendo os demais devido a trauma penetrante. O sítio mais freqüente de lesão foi a cabeça do pâncreas (38,5%), seguido do corpo (30,8%) e da cauda (24,6%). Trinta e três pacientes apresentaram lesão dos tipos III e IV, enquanto os demais apresentaram lesão dos tipos I e II de acordo com a classificação de Smego e col. A mortalidade dos pacientes que apresentavam lesão dos tipos III e IV (mais graves) foi estatisticamente superior (p<0,05) à dos demais. As lesões associadas do fígado e grandes vasos abdominais foram as mais freqüentes, seguido das lesões gástricas e do cólon. O tipo de lesão associada foi fator que contribuiu de maneira decisiva na evolução destes pacientes, sendo responsável pela mortalidade per-operatória de 23,1% dos pacientes. Os autores concluíram que a cirurgia deve estar relacionada ao tipo de lesão pancreática se as condições gerais e lesões associadas do paciente permitirem. Assim, cirurgia conservadora - drenagem e hemostasia da lesão - quando for do tipo I ou II e ressecção pancreática (pancreatectomia distal, subtotal ou duodenopancreatectomia) quando houver lesão mais complexa, dos tipos III e IV.