Com a finalidade de estudar o efeito de regimes dietéticos diversos sobre a recuperação das funções do pâncreas exócrino pós pancreatite aguda (PA), dois lotes de ratos submetidos, durante três semanas, a dietas isoproteicas, diferindo apenas no teor de gordura (normo e hiperlipídica), foram distribuídos em grupos controles e com pancreatite aguda moderada , induzida com taurocolato de sódio a 1%. Amostras de sangue para dosagem de amilase sérica e fragmentos de tecido pancreático, para determinação de enzimas triptolíticas, amilase, proenzimas e nucleotídeos foram colhidos nos grupos controle e nos com pancreatite após um, quatro, sete e quinze dias da indução da doença. Os resultados foram comparados estatisticamente por ANOVA, entre grupos sob o mesmo regime alimentar e pelo teste "t" de Student, entre grupos correspondentes, sob regimes alimentares diversos (p<0,05). Os autores verificaram que, nas condições experimentais utilizadas, a pancreatite agravou-se progressivamente até o quarto dia pós-PA, independentemente do regime alimentar prévio. A recuperação funcional do órgão manifestou-se a partir do sétimo dia pelo aumento de RNA/DNA , mas foi incompleta durante o período deste estudo. No décimo quinto dia pós-PA, ocorreu a normalização de parâmetros histológicos e bioquímicos , para os grupos com ambas as dietas. Os autores concluíram que, nas condições experimentais deste estudo, o agravamento da doença, traduzido pela capacidade de síntese do pâncreas exócrino, foi progressivo até o quarto dia e independeu do teor de gordura na dieta.